segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

cultivo de plantas em consórcios

 O cultivo de plantas em consórcios é praticado há séculos, sobretudo por pequenos produtores das regiões tropicais, na tentativa de obter o máximo de benefícios dos recursos disponíveis.

O consórcio de culturas (Fig. 1) é caracterizado pela maximização de espaço mediante o cultivo simultâneo, num mesmo local, de duas ou mais espécies com diferentes características quanto à sua arquitetura vegetal, hábitos de crescimento e fisiologia. As plantas podem ser semeadas ou plantadas ao mesmo tempo ou terem época de implantação levemente defasada, mas compartilham dos mesmos recursos ambientais durante grande parte de seus ciclos de vida, fato que leva a forte interatividade entre as espécies consorciadas e entre elas e o ambiente.

Essa técnica é extremamente interessante especialmente quando se quer maximizar o aproveitamento da água disponível no solo ou do período chuvoso, tornando-se fundamental em regiões do Brasil onde, ao longo do ano, ocorrem duas épocas bem distintas, uma chuvosa e outra seca (que pode durar até 6 meses). Compondo o Sistema Plantio Direto (SPD), a consorciação de culturas, além de proporcionar uma série de outros benefícios, como o auxilio no controle de plantas daninhas, promove excelente cobertura viva e morta do solo, durante o maior período de tempo possível.

 

 
 a) Milho + Feijão-Caupi  a) Milho + Braquiária

 

Fig.1. Exemplos de consórcio.

Fotos: Gessi Ceccon

 

No caso do consórcio milho + feijão, um dos mais usados, especialmente na agricultura familiar, a leguminosa pode ser semeada nas linhas, nas entrelinhas ou nas linhas e entrelinhas do milho. O feijão pode ser semeado simultaneamente, na maturação fisiológica ou de 10 a 20 dias antes da semeadura do milho. Esta cultura pode ser consorciada também a outras leguminosas anuais, tais como, feijão-de-porco, mucuna anã, lab lab, crotalária, objetivando, principalmente, por meio da simbiose e da reciclagem, obter-se significativo aporte de nitrogênio que, em parte, é usado pela gramínea.

Efeitos relacionados à cobertura do solo são ainda mais relevantes em consórcios do tipo milho + braquiária, que tem sido usado, principalmente, no Centro-Oeste do Brasil. Tais efeitos são devidos ao ciclo da braquiária que, nesse caso, se prolonga para além da colheita do milho, protegendo o solo durante as primeiras chuvas de primavera que, muitas vezes, são altamente erosivas e, promovendo excelente cobertura morta, até cerca de 50 dias após a semeadura da safra de verão subseqüente. Com cultivo do consórcio milho + braquiária após a colheita da soja, dá-se a supressão da entressafra, mediante o processo colher-semear, ou seja, permitindo que se implemente duas safras num único período chuvoso. 

Nesse consórcio, a braquiária pode ser semeada 20-30 dias após a emergência, nas entrelinhas do milho. Mas, também pode ser semeada simultaneamente ao milho, nas linhas ou nas entrelinhas dessa cultura. No caso da semeadura simultânea, as sementes da forrageira podem ser misturadas ao adubo, depositadas no compartimento de fertilizante da semeadora e, distribuídas junto do fertilizante e, portanto, na mesma profundidade deste. Com isso o desenvolvimento vegetativo da braquiária será mais lento até a colheita do milho e, após isso, beneficiando-se também do adubo residual, experimenta pleno desenvolvimento, trazendo os benefícios ambientais já relatados.

A partir desse consórcio, a braquiária pode também tornar-se economicamente rentável, quando usada para pastejo, na terminação de animais (de um a dois anos de idade), entre agosto e outubro, subsequentes, especialmente, no Brasil Central. Nessa região é comum haver, nesse período do ano, baixíssima disponibilidade de pastagem ou baixa oferta de forragem, sendo essa, portanto, excelente oportunidade de manter-se e ou incrementar-se o peso ou a engorda de animais, com evidentes resultados econômicos adicionais. 

Essa forrageira pode ser consorciada à soja, semeada cerca de 25 dias após a emergência dessa leguminosa, por meio de semeadora ou por sobre-semeadura, mas essa técnica está ainda em fase de validação e verificação final pela pesquisa.

Como controlar infestação de formigas e cupins



O controle de cupins e formigas se baseia nos quatro As: acesso, abrigo, água e alimento. São esses elementos que garantem a sobrevivência e a proliferação dos insetos. Logo, o esforço consiste em eliminá-los.

Acesso e abrigo

As formigas-de-cupim podem invadir uma edificação por meio de galhos que encostem no prédio. Elas aproveitam rachaduras na fundação ou qualquer brecha. Ainda, escondem-se na lenha que você usa na lareira.

Para evitar infestações, faça a poda de árvores e arbustos do terreno, especialmente se estiverem próximos às paredes ou ao telhado. Junto a isso, descarte tocos apodrecidos e jamais armazene lenha sem inspecioná-la.

Por fim, lembre-se de vedar passagens, da fresta no assoalho às grandes aberturas. Portas e janelas pedem a instalação de telas. Esses acessórios também bloqueiam a entrada das aleluias, os cupins voadores que saem à procura de um par para copular e dar início a uma nova colônia.

Água e alimento

As formigas-doceiras vivem em lugares úmidos, assim como os cupins de solo. Uma dica para afugentar essas criaturas, então, é investir em revestimentos de pedra ou cascalho para melhor drenagem.

Em paralelo, conserte vazamentos e infiltrações. Esses são pontos de contato perigosos.

O alimento do cupim são materiais celulósicos – madeira, papel e tecidos. Já as formigas Camponotus desgastam as estruturas para devorar outros insetos. Ou seja: se todas as precauções falharem e você se deparar com invasores, não faltará comida para eles. Chega o momento de recorrer à dedetização.

cultivo de plantas em consórcios

  O cultivo de plantas em consórcios é praticado há séculos, sobretudo por pequenos produtores das regiões tropicais, na tentativa de obter ...